Souza Docca dá como etimologia de Bagé a corruptela de Ibajé. O mesmo acontece no Dicionário Geográfico Histórico e Estatístico do Rio Grande do Sul, de Otávio Augusto de Faria, e no livro Missões Orientais e seus antigos domínios, de Hemetério Veloso da Silveira.
Alguns autores admitem a existência do Índio Ibajé, como Áttila Taborda e Rafael Dante Garrastazú. Enquanto isso, outros como Mansueto Bernardi, que pesquisou a etimologia de Bagé, afirma que os demarcadores não ouviram qualquer referência ao índio Ibajé.
Félix Contreiras Rodrigues registra também, Bagg, lugar de onde se volta, lugar ao extremo, concluindo que os cerros de Bagé eram os lugares extremos até onde iam os guaranis e de onde voltavam, para não encontrar os charuas que viviam nesta região.
O primeiro registro do nome de Bagé data de 1776, quando da retirada das tropas espanholas que se achavam em Santa Tecla. D luiz Ramires em seu diário de Marcha, diz que havia acampado nos " Zerros de Balles".
Os portugueses se referiam aos Serros de Bayes e os espanhóis ao Zerro de Balles. Como deveria ser escrito Bagé ou Bajé?
De acordo com Rubem Ribeiro Saguier, mestre no idioma guarani a ausência de escrita fez possivelmente que muitos fonemas fossem adulterados quando se fez a transcrição para outras línguas, como para o espanhol e o português, por falta d equivalência.
Até 1827, as referências espanholas desta cidade eram escritas como Balles ou Valles e as portuguesas como Bajé.
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